Petrobras altera política de preços de combustíveis

Hoje é o presidente da estatal, o diretor financeiro e o diretor de logística que decidem sobre reajustes de combustível na Petrobras. Os três decidem com base nos preços do dólar e do petróleo e informam o conselho.

Foto: Reprodução/Agência Petrobras

A Petrobras anunciou mudanças na governança da política de preços. O Conselho de Administração, bem como o Comitê de Auditoria, supervisionará as decisões sobre ajustes de gasolina, diesel e outros combustíveis. Na prática, ambos os órgãos participarão na decisão sobre eventuais aumentos ou diminuições de valor. 

Hoje é o presidente da estatal, o diretor financeiro e o diretor de logística que decidem sobre reajustes de combustível na Petrobras. Os três decidem com base nos preços do dólar e do petróleo e informam o conselho.

A Petrobras chamou a mudança de nova política de formação de preços domésticos. Segundo a estatal, essa nova política inclui uma camada adicional de fiscalização da execução das políticas de preços pelo Conselho de Administração e pelo Conselho de Finanças com base no relatório trimestral do Conselho de Administração, formalizando uma prática existente. 

Segundo uma fonte, a mudança faz parte do projeto do governo de reduzir ainda mais os preços dos combustíveis às vésperas das eleições. Em 19 de julho, a estatal anunciou um corte de 4,9% no preço da gasolina nas refinarias. Não houve queda no preço do diesel naquela época, mas a empresa estava prestes a anunciar uma queda no preço do diesel também.

Periodicidade dos reajustes

O presidente Jair Bolsonaro vem pressionando a Petrobras para cortar preços e trocou a liderança da empresa três vezes desde que assumiu o Palácio do Planalto com o objetivo de fazê-lo. 

No comunicado divulgado hoje pela Petrobras, a estatal informou ainda que os procedimentos relacionados à execução da política de preços, como B. A frequência dos reajustes de preços dos produtos, os percentuais e valores desses reajustes, a conveniência e a oportunidade de decidir sobre reajustes de preços continuam sendo de responsabilidade do Conselho.

Embora a Diretoria e a Diretoria agora fiscalizem a execução dos preços A estatal disse que a aprovação acima não implica uma mudança na atual política de preços no mercado doméstico em linha com os preços internacionais, nem o alvará da empresa. 

Balanço será divulgado amanhã 

Na quinta-feira, o conselho volta a se reunir para discutir os resultados do segundo trimestre da empresa – cujo balanço será divulgado no mesmo dia com a perspectiva de mais um lucro bilionário – e acima para aconselhar sobre o pagamento de dividendos.

Uma fonte disse que a empresa agora tem fluxo de caixa para pagar dividendos superiores a R$ 50 bilhões aos seus acionistas. A ideia, é a estatal antecipar o pagamento de dividendos para apoiar a política tributária do governo para compensar o aumento dos gastos públicos às vésperas das eleições. 

O mercado financeiro espera dividendos robustos de R$ 38 bilhões. Na segunda-feira, a estatal informou que não havia uma decisão tomada sobre o tema.

Redação – Brasil do Trecho