Indignado o relator do vídeo demonstra sua insatisfação ao ver um caminhoneiro em apuros para enlonar sua carga sem ter ajuda de ninguém.

O problema é que essa prática exige certos cuidados com a segurança, por ser considerado trabalho em altura e ainda chovia

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um caminhoneiro em apuros, tendo que cobrir sua carga em sua carreta, enquanto a chuva aumentava rapidamente.

A indignação do relator do vídeo é que apesar de estar sendo filmado, ninguém se propôs a ajudar o caminhoneiro.

Porém, precisamos relatar um problema grave de segurança, mas que normalmente é realizado por muitos caminhoneiros em nosso país, que é a etapa de enlonamento da carga e da descarga.

Considerado um trabalho em altura, que expõe riscos ao caminhoneiro, a Norma Regulamentadora (NR) de que trata trabalho em altura, recomenda que essa prática somente seja executada com a utilização de cinto de segurança certificado pelo Ministério do Trabalho e sustentado por uma “linha de vida”, caso o enlonador tenha um mal súbito ou escorregue, vindo a cair de cima do veículo, podendo até causar a sua morte.

É um risco que deve ser avaliado e evitado, pois quem nunca teve tonteira, após uma jornada exaustiva, sem se alimentar direito e ao chegar em seu destino, ainda ter que descarregar ou carregar o caminhão?

É um ato que somente deveria ser executado com as devidas proteções, com uma outra pessoa em vigilância e com as orientações de um técnico de segurança do trabalho, caso existam dúvidas.

Por esse motivo, muitas empresas que presam pela Segurança e Saúde do Trabalhador, só permitem que essa operação seja realizada de forma adequada, dentro dos padrões estabelecidos em NR de trabalho em altura, interrompendo a operação, caso algum procedimento de segurança não seja cumprido.

Apesar disso, na prática, muitos caminhoneiros correm esse risco em que eles próprios fazem o enlonamento da carga e da descarga, colocando sua vida em risco.

Não basta fixar o cinto ao próprio veículo, tem que ser fixado em uma linha de vida, devidamente ancorada e que suporte todo o peso de uma pessoa.

Essa é a forma correta e talvez por esse motivo, as pessoas não tenham ajudado o caminhoneiro, mesmo sabendo que ele se encontrava em apuros naquela ocasião.

Redação – Brasil do Trecho