A tabela do frete rodoviário de piso mínimo é reajustada em até 14% pela ANTT

Foto: FC Agência e Corretora

Dependendo do tipo de carga e do número de eixos, a variação estipulada pela ANTT foi de 11 a 14%.

A nova tabela de piso mínimo de fretes de transporte rodoviário foi divulgada neste sábado (19)

A ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres baseou-se na divulgação da ANP – Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis, do preço médio do óleo diesel S10, da semana de 13 a 19.03.22, no valor de R$ 6,751 p/litro.

Com isso ela atualizou os coeficientes dos pisos mínimos do transporte rodoviário de cargas, aplicando o percentual de 24,58% no valor do diesel, utilizado no cálculo das tabelas, resultando então em uma variação de 11 a 14% na tabela de fretes, dependendo do tipo de carga e quantidade de eixos.

A atualização da tabela vêm sendo solicitada pelos caminhoneiros autônomos desde a greve nacional de 2018, onde na época o presidente da República era Michel Temer.

A medida provisória 832/2018 foi editada e aprovada pela lei 13.703/2018, criando critérios de acordo com o peso da carga para servir de base à tabela de preços mínimos de fretes rodoviários.

Uma das principais críticas dos caminhoneiros autônomos é em relação à velocidade do reajuste da tabela, que não vêm sendo atualizada pela ANTT, de acordo com os sucessivos aumentos dos combustíveis propostos pela política de preços praticada pela Petrobras.

Desta vez vingou e o reajuste foi publicado no DOU – Diário Oficial da União nesta sexta (18), valendo a partir de sábado (19), onde o valor por quilômetro rodado passa a ser de R$ 3,51 para um veículo de 2 eixos com carga frigorífica e R$ 3,56 com carga perigosa a granel líquido, por exemplo, incluindo uma taxa de R$ 364,71 para carga e descarga.

Resta saber se os próximos aumentos propostos pela estatal  brasileira, também serão corrigidos pela ANTT e assim, contribuindo para diminuir as distorções aos custos dos caminhoneiros, que sofrem bastante não só com esse, mas com muitos outros problemas também, como falta de infraestrutura adequada para paradas, estradas melhores etc.

Redação – Brasil do Trecho