Motorista conta que tombou a carreta após ter sido vencido pelo cansaço e faz desabafo.

Faltam locais para o motorista descansar e alguns cobram taxas absurdas para pernoitar ou obrigam o caminhoneiro a abastecer nos postos de combustíveis

Um caminhoneiro da região metropolitana de Curitiba chama a atenção para mais um grave problema que vem acontecendo com a categoria.

Trata-se da falta de locais adequados para paradas e para os motoristas descansarem nas rodovias de nosso país.

Ele filmou seu próprio vídeo demonstrando que foi derrotado pelo cansaço, ocasionando no tombamento de sua carreta. Desolado, ele desabafa dizendo que um posto de combustíveis em Marília o impediu de parar.

O desabafo do motorista paranaense repercutiu nas redes sociais ao comentar que ele é pai de cinco filhos, tem compromissos e responsabilidades e que no momento do acidente faziam 38 dias da compra de seu caminhão e que somente recentemente, pagou a primeira parcela.

Ele tem 21 anos de experiência nas estradas, mas nunca passou por uma situação tão delicada. Por isso resolveu fazer um desabafo na internet que viralizou. 

Ele não possuía seguro e precisa de 15 mil reais para consertar seu caminhão e voltar às estradas. Uma campanha na internet foi mobilizada para ajudá-lo e mais uma vez, um caminhoneiro depende da solidariedade das pessoas. 

Através do auxílio de uma borracharia, que forneceu um local para ele dormir e um fogão para cozinhar, além de uma cesta básica que ganhou, ele diz que ali não está passando necessidade, mas que está com saudades de sua família e sonha em conseguir resolver o problema de seu caminhão e poder voltar para sua casa.

A legislação federal determina que os motoristas profissionais façam paradas de trinta minutos a cada cinco horas e meia ao volante. Eles também têm direito a uma pausa de 1 hora durante a jornada para alimentação e onze horas de intervalo para descanso, após 24 horas trabalhadas.

Contudo, a legislação não prevê nenhum tipo de infraestrutura nas rodovias, para que a lei possa ser aplicada.

Redação – Brasil do Trecho