Chorão fala sobre greve e descarta a possibilidade

Lideranças afirmam que caso não haja um retorno a greve é certa
Foto: Wallace Landim-Chorão

Nesse momento não dá, afirma o líder dos caminhoneiros.

Em meio à inflação e de novos casos de Covid não dá para parar diz Chorão

Ele alega decepção com o governo e comenta ter conversado com outros presidenciáveis.

Empresários do setor de transporte enfrentaram uma alta de 46,04% no preço do diesel em 2021 e a partir desta quarta (12) a Petrobras aumenta mais 8% o combustível na refinaria.

Wallace Landim, presidente da ABRAVA – Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores e um dos representantes dos caminhoneiros, afirma que apesar da amarga notícia de novo aumento, mais a inflação em alta, não é o momento de fazer greve, e em virtude também do aparecimento de novos casos de Covid.

Os caminhoneiros tem responsabilidade, comenta Landim e uma greve agora mataria a população.

No ano anterior a categoria articulou uma greve em novembro, mas devido às diversas liminares que proibiam o bloqueio das estradas, a paralização recuou.

Há 4 anos a greve de dez dias em 2018, causou mudanças importantes no rumo da eleição presidencial na época, porém a classe não esconde sua decepção com o atual presidente, onde acreditaram nele e em suas promessas de campanha e que falava sobre Deus, mas na prática nada daquilo aconteceu.

O BRASIL PAROU - A greve dos caminhoneiros: eles exigiram intervenção do governo para ganhar mais e gastar menos
Foto: Agência O Globo

Landim comenta que votou em Bolsonaro, mas que não vota mais, pois o atual presidente já demonstrou e deixou claro que não vai fazer nada pela classe trabalhadora.

Ele acrescenta que tem conversado com outros presidenciáveis, como Ciro Gomes (PDT) e também aguarda a possibilidade de conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Sérgio Moro (Podemos) nos próximos meses.

Chorão (como é conhecido) afirma que a classe está muito dividida sobre as eleições, mas a maioria que votou no presidente evidenciou a sua insatisfação e não votaria nele novamente.

Com duras críticas ao governo, a Abrava alega falta de políticas públicas que permitam preços menores dos combustíveis para a população brasileira, além do recém sancionado projeto da BR do Mar que  entregou nossa Matriz para os estrangeiros e prejudicou toda a linha marítima e da matriz ferroviária também.

A renovação da frota com créditos pelo BNDES e o cartão caminhoneiro até agora não saíram do papel e provavelmente não sairão.

O MEI caminhoneiro é insuficiente, pois ultrapassamos o valor anual e o problema maior são os custos enfrentados pelos empresários e o custo mínimo do frete está até hoje parado no Supremo por considerarem ser inconstitucional.

Desta forma, nada do que foi proposto em campanha na época vingou, finaliza.

Redação – Brasil do Trecho