Militec funciona? qual é a sua experiência?

Foto: TechPointVlog

O Militec funciona como um condicionador de partes metálicas, conservando motores, câmbios, ar-condicionados, compressores, máquinas hidráulicas etc, alega a fabricante norte-americana.

O que você acha do militec? Usaria em seu carro ou não?

De acordo com seu fabricante norte-americano do produto militec, alega prolongar a vida de motores, câmbios, ar-condicionados, compressores, máquinas hidráulicas etc.

E ainda explica que não é um aditivo e não interfere nas propriedades físico-químicas do óleo lubrificante e que o produto chega nas partes móveis mais desgastadas sem afetar nada.

Bom marketing faz do Militec ser um produto inigualável

Os internautas que quiserem navegar à respeito de informações sobre o Militec, encontrará várias informações com elogios ao mesmo. Porém, se continuar pesquisando encontrará também opiniões contrárias.

Brad Giordani foi um militar que criou a Giordani Enterprises e que mais tarde virou o Militec, um nome mais sonoro e sugestivo, que parece com militar e o número 1 como sendo o primeiro.

A Militec usa de muita criatividade em seu marketing e valoriza bastante seu produto.

Mas então, porque foi reprovado?

A ANP – Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis reprovou o produto por conter cloro, componente químico que gera cloreto ácido, que pode oxidar rolamentos e outros componentes do motor.

A empresa que fabrica o Militec afirma que o produto foi testado e aprovado por volta dos anos 80 pela marinha norte-americana, porém existem matérias que afirmam que foi omitida a informação de que em 1994, através de nova bateria de testes, o produto teria sido reprovado em nove de onze deles.

Além da reprovação nos EUA – Estados Unidos da América, aqui no Brasil a ANP testou o produto e emitiu um laudo sigiloso, mas que foi publicado no site da revista “Quatro Rodas”, revelando sua composição química, registrada no rótulo do produto.

“A declaração do produtor não está de acordo com sua composição, destaca-se a presença da substância cloro que pode levar à formação de cloretos ácidos que mesmo em temperaturas baixas, podem ocasionar na elevação da acidez do produto, acarretando em problemas de corrosão dos motores e de sua vida útil”.

O resultado desse laudo ocasionou em uma multa para a subsidiária brasileira da Militec.

A fabricante do produto consegue uma liminar

A Militec obteve uma liminar para que a revista Quatro Rodas retirasse a reportagem de seu site, informando que a ANP multou a empresa e condenou seu aditivo. 

Porém a pergunta que fica no ar é porque a fabricante do Militec não tentou derrubar o laudo da ANP e apenas pediu para que retirasse a matéria, censurando-a? Deve ser esclarecido cientificamente pelos dois lados para que se tenha uma decisão à respeito!

O que dizem motoristas sobre o produto e autoridades no assunto envolvendo motores?

Novamente nas redes sociais, existem motoristas favoráveis ao produto, dando depoimentos de eficiência, mas sem expor cientificamente o resultado com testes em dinamômetros a longo prazo, pois a curto prazo, o uso do Militec pode até apresentar resultados favoráveis.

O dono de uma grande oficina mecânica que vende o produto, demonstra em um vídeo ter retirado todo o óleo do cárter de um automóvel Honda, rodando quase 20 km sem aparentar nenhum dano ao motor.

Já o nngenheiro chefe da área técnica da Petronas (fábrica de lubrificantes que patrocina a fórmula 1) ao ser consultado alegou que vários óleos de boa qualidade, ao serem removidos, deixam uma película residual que permite que o motor continue em funcionamento por alguns quilômetros.

Riscos de uso de aditivos no motor

Se pararmos em um posto de gasolina para trocarmos o óleo do motor, certamente receberemos a informação de aplicação de um aditivo para melhorar a performance do motor.

Apesar de existirem muitas marcas distintas que prometem longevidade para o motor ao seu misturar esse tipo de produto ao óleo, não se recomenda usar nenhum, porque o óleo sugerido pelo manual do automóvel já vem com uma aditivação necessária, desenvolvida entre os engenheiros do veículo em conjunto com a empresa que produz o lubrificante.

Esse acréscimo de um aditivo no óleo do carro pode representar um risco com uma reação química, não combinando com a aditivação do óleo original.

Já a fabricante do Militec, afirma que não se trata de um aditivo e que o produto não altera as características químicas e de viscosidade do óleo e que sua função é aderir às superfícies desgastadas, reduzindo folgas e devolvendo a eficiência do motor.

Desta forma, resta ao consumidor a ação se deve ou não aplicar o produto em questão, no óleo do motor de seu carro, reconhecendo os prós e contras, até que se tenha concretizado um estudo científico comprovando a eficiência a curto e longo prazos, com técnicas e tecnologias avançadas.

Redação – Brasil do Trecho