Vai ter greve dos caminhoneiros em novembro?

Foto: Marcelo Régua

Uma nova paralisação, principalmente dos caminhoneiros autônomos, está marcada para ocorrer nesta segunda (01).

Caminhoneiros continuam descontentes com os sucessivos aumentos dos combustíveis, as falas do atual ministro da Infraestrutura, acrescido das atuais propostas do governo 

Estando muito descontentes com os contínuos aumentos dos combustíveis (sem freio) face aos aumentos do barril do petróleo no exterior e ao aumento da variação da cotação do dólar em relação ao real, mais as propostas consideradas como piada para a maioria da categoria e ainda as atuais falas do ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, caminhoneiros decidem manter a greve e apostam em uma maior adesão que a greve nacional de 2018.

Apesar da recomendação das principais lideranças da categoria, motoristas profissionais pretendem parar e não descartam fechar parcialmente as rodovias na véspera do feriado de Finados.

Preocupação nacional

A expectativa da greve preocupa bastante porque em 2018, quando a categoria parou por dez dias, diversas cidades tiveram problemas de abastecimento de produtos essenciais, como combustíveis e alimentos. 

Naquela época, a mobilização só começou a diminuir após um acordo entre o governo federal e representantes da categoria, para baixar o preço do diesel.

Lideranças dos caminhoneiros autônomos, garantem que a adesão à greve do dia 1º será alta e ainda maior que a de 2018.

Não podemos dizer ainda qual será o tamanho da greve dos caminhoneiros prevista para 1º de novembro no país, porque os caminhoneiros autônomos, em especial, são uma categoria descentralizada, que não respondem necessariamente às convocações de lideranças e entidades. 

Em alguns estados como Piauí (PI), Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC), lideranças disseram que os motoristas não vão parar. De 2018 para cá, já existiram outras tentativas de greve. Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, foram 18 convocações de greve por parte dos caminhoneiros autônomos desde então. 

Nenhuma teve disseminação pelo país. Como medida de incentivo, nessa última sexta-feira (29), estados e Distrito Federal congelaram o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços dos combustíveis por 90 dias. Porém, autônomos criticaram a medida, dizendo que ela é “paliativa” e não resolverá os problemas descritos por eles.

Em 2018, os caminhoneiros foram “usados” pelas grandes transportadoras de cargas e pelo agronegócio e o atual presidente da República pegou carona apoiando a greve, mas sem chances dele agir agora da mesma forma.

Teremos que aguardar para verificarmos o tamanho da mobilização e os impactos que isso vai gerar na economia e nos diverso setores em todo o país.

Redação – Brasil do Trecho