Presidente da Petrobras nega que a estatal seja culpada por todos os aumentos dos combustíveis

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Joaquim Silva e Luna diz que a Petrobras fez 15 reajustes esse ano, porém foram contabilizados 38 reflexos ao consumidor.

Presidente da Petrobras afirma que a estatal pratica preço de mercado

Nem todos os reajustes que aparecem na bomba é reflexo de aumento pela Petrobras, afirma o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna em uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE).

Ele demonstrou que a Petrobras ficou com uma parcela de R$ 0,99 por litro de gasolina, mas na bomba o valor chegou a R$ 2,24 a mais para os consumidores. 

Pela ANP o valor médio do litro da gasolina está em R$ 6,752 e no ano o avanço médio chega a 50%.

Luna buscou defender a Petrobras, onde vem sendo criticada pelas altas consecutivas nos combustíveis e alega que a estatal é apenas uma fração dos preços, lembrando que outras empresas tem participação no mercado na formação de preço, como a Vibras, Ipiranga, Raizen e a Atem.

Luna critica a proposta de criação de imposto sobre exportação de petróleo

Luna alega que a gasolina produzida pela empresa representa 40% do consumo dos veículos leves. Ele criticou a proposta de criação de imposto sobre exportação de petróleo cru, acreditando que isso poderá trazer insegurança jurídica e desestimular investimentos no Brasil, incluindo novos investimentos, afirmou o general.

Na audiência, o Luna relatou que a Petrobras ficou sem reajustar o GLP, o gás de cozinha, por 92 dias, 85 dias sem alterar o preço do diesel e 56 dias o da gasolina. 

A declaração teve reação do senador Omar Aziz (PSD-AM), alegando que o salário do trabalhador brasileiro não é alterado em 90 dias,  como é alterado o preço dos combustíveis, quase que diariamente. Aziz ainda comenta que noventa dias para o Luna parece que está fazendo um grande favor aos brasileiros!

Petrobras tem que atuar como uma empresa privada e praticar preço de mercado, afirma o presidente da estatal

Luna disse que a  Petrobras tem que atuar como uma empresa privada e tem que praticar preço de mercado. A aplicação de políticas públicas só deve ocorrer mediante contrato prévio com acionista controlador e se acontecer, a Petrobras tem que ser ressarcida.

E ainda reforçou dizendo que o Brasil é grande demais para ficar dependendo de uma só empresa.

Marcelo Guaranys, secretário-executivo do Ministério da Economia, defendeu a abertura de mercado para que mais empresas tenham capacidade de extrair petróleo do solo no país, distribuir e refinar o produto.  Ele afirmou que o aumento dos combustíveis é um fenômeno que ocorre em todo o mundo.

Redação – Brasil do Trecho