Escassez de aproximadamente 400 mil caminhoneiros na Europa desencadeia uma crise no abastecimento

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Todos os países do continente europeu estão sendo afetados.

A falta da mão de obra já era percebida antes da pandemia do Covid 19

Toda a Europa passa por uma escassez de 400 mil caminhoneiros. As transportadoras encontram dificuldades em recrutar, devido aos baixos salários e às difíceis condições de trabalho.

Mas todos os países estão sendo afetados. A Polônia, por exemplo, tem um déficit de mais de 120 mil caminhoneiros, o Reino Unido cerca de 100 mil, a Alemanha aproximadamente 60 mil e a Espanha 15 mil, de acordo com um estudo da consultoria britânica Transport Intelligence (TI).

A falta da mão de obra já era sentida antes da pandemia do Covid 19 e acabou se tornando notória com o início da recuperação econômica que fez demandar mais e mais serviços e fretes e esta desencadeando uma crise no abastecimento.

Algumas razões aprofundam a crise

. A população de motoristas envelheceu e os jovens não se sentem atraídos, devido aos baixos salários considerados por eles e condições ruins de trabalho.

. Com o fim do serviço militar obrigatório, não estão mais sendo absorvidos motoristas de caminhões já treinados, para o mercado.

. Falta de infraestrutura adequada para pernoite

. Assaltos e roubos às cargas etc

Vários institutos de formação tentam atrair candidatos, como o salão de logística Solutrans, que abriu na terça na França, fazendo os candidatos dirigirem um grande simulador.

Régis Garcia do Centro de formação Aftral, comenta que é uma profissão que possui enormes responsabilidades, porém está bem menos física e mecânica, tendo mais assistência eletrônica, onde os caminhoneiros percorrem menos distâncias que antigamente.

O futuro motorista tem horas extras para melhorar sua renda e bônus, mas isso está longe de ser a solução.

Transportadoras e Sindicatos estão entrando em acordo para tornar a profissão mais atrativa, como por exemplo medidas para melhorar a saúde e o bem-estar dos caminhoneiros e um aumento de 10% dos salários, para os que começam com o salário mínimo, além de jornadas mais reduzidas evitando-se desgastes excessivos como atuar sempre em todos os finais de semana, em todos os feriados etc.

Redação – Brasil do Trecho