Governo federal desmarca o encontro previsto para o dia 28 na próxima quinta e não informa outra data

Pedro França/Agência Senado

Mediante ao cancelamento do encontro de quinta (28) do governo federal com os caminhoneiros, Wallace Landim da Abrava diz que a mobilização de 01 de novembro está mantida e que não irão recuar.

Presidente da Abrava diz que “não iremos recuar”

Um dos líderes da greve de 2018, Wallace Landim o chorão, presidente da Abrava – Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, afirma que não irão recuar em relação à mobilização marcada para segunda-feira dia 1º de novembro.

Indiferente à greve dos caminhoneiros, Petrobras anuncia novos ajustes da gasolina e do diesel

Se não houver sinalização do presidente Bolsonaro sobre mudança na política preços de combustíveis por parte da Petrobras, a greve estará mantida para 1 de Novembro, afirma Wallace Landim (o chorão) que liderou também a paralisação de 2018.

Em movimento contrário e indiferente a ameaça de greve, a Petrobras nesta segunda-feira (25) anunciou novo aumento da gasolina e do diesel em suas refinarias, sendo que a gasolina com acréscimo de 7% e o diesel de 9,1%.

Governo federal afirma que não interferirá na política de preços da Petrobras

No dia anterior, domingo (24), o presidente Bolsonaro disse que não interferirá na política de preços praticada pela Petrobras.

Indignado, Landim comenta que a Petrobras vai em confronto ao que está sendo reivindicado, onde os caminhoneiros pedem estabilidade no combustível, no gás de cozinha, dentre outras reivindicações.

 “A cada dia a paralisação ganha mais força. E todos esses aumentos afetam também quem trabalha diretamente com combustível, como motoristas de aplicativos por exemplo. Estamos conversando com eles também, para envolver os demais setores na mobilização”, acrescenta.

“O governo federal, principalmente o ministério da Economia, está trabalhando para os acionistas. Sem preocupação em criar um colchão, um fundo de estabilidade”, comenta Wallace Landim (o chorão).

O encontro entre a categoria e o governo, que estava anteriormente marcado para quinta-feira (28), foi desmarcado pelo próprio governo federal. Os caminhoneiros dizem não ter nova data ou previsão.

Landim diz que a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores – Abrava, da qual é presidente, não recuará em relação à mobilização de 1º de novembro e que tem certeza de que outras associações também não recuarão, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística – CNTTL.

“Se o governo federal não sinalizar nada até o dia 31 de outubro com alguma proposta concreta para os caminhoneiros, a paralisação está mantida. É muito fácil o chefe da nação usar as redes sociais e dizer: ‘olha, estou conversando com o ministério da Economia, com o presidente da Petrobras, buscaremos uma solução’, mas deixa de avisar que vai ter mais um novo aumento que ocorreu recentemente e ainda que não vai interferir na política”, acrescenta.

Chorão diz que o presidente da República entra em contradição com seus comentários, relembrando de quando Bolsonaro decidiu demitir em fevereiro o Roberto Castello Branco anterior presidente da Petrobras, após seguidos reajustes nos combustíveis.

“Ele está sendo contraditório em relação ao que ele mesmo dizia, tanto na campanha para a presidência na época, quanto em relação à demissão do presidente anterior da Petrobras o Castello Branco”, conclui.

Redação – Brasil do Trecho