Gasolina e Gás ganha aumento de 7,2%

Preço do combustível Foto: ANDRE COELHO/EPA para BBC

O novo aumento de preços dos combustíveis para 7,2% nesta sexta (8) deixará os preços da gasolina e do gás de cozinha mais caros. O preço do óleo diesel, que já foi aumentado na semana anterior, será mantido.

Os insustentáveis reajustes dos combustíveis

Os consideráveis e insustentáveis aumentos nos preços dos combustíveis pela Petrobras, trás uma avalanche de aumentos não só nas refinarias, pois vai muito além dos preços nas bombas.

Os brasileiros não aguentam mais os aumentos sucessivos dos combustíveis, que acarretam no aumento de vários outros serviços e produtos, como por exemplo os preços dos alimentos em geral que sofrem influências dos preços dos fretes, o próprio frete que é pago pelos revendedores e estes indiretamente pelos consumidores, as tarifas de táxis e demais transportes individuais e coletivos, dentre outros.

Preços na Refinaria

O litro da gasolina irá de R$ 2,78 para R$ 2,98 um reajuste médio de R$ 0,20, segundo a estatal. O quilo do gás de cozinha será alterado de R$ 3,60 para R$ 3,86, ou seja, uma alta de R$ 0,26, onde os 13 quilos utilizados para encher um botijão convencional, custarão na refinaria aproximadamente R$ 50,15.

Conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta última sexta (08), no acumulado dos últimos doze meses até setembro, a gasolina subiu 39,6% no país e o gás de botijão aumentou 34,67%. 

Quem decide a política de aumentos da estatal controlada pelo governo brasileiro?

Temos ciência de que os aumentos dos combustíveis são considerados primordiais, de acordo com a política de preços praticada pela Petrobras e que somente dessa forma  garantem o abastecimento do mercado interno.

Mas é isso o que anseia o povo que tem orgulho de ter a sua maior estatal como uma entidade dirigida pelo governo brasileiro?

O povo brasileiro, como ocorre em outros países auto-suficientes em petróleo, não gostaria de pagar um valor menor pelos combustíveis e ver todas as outras áreas crescerem gradativamente e produzindo cada vez mais? Qual brasileiro não gostaria de pagar menos da metade do preço dos combustíveis em geral em relação ao que pagamos atualmente?

Como se pode ter êxito em um planejamento familiar, com tantos aumentos sucessivos ocorrendo dessa forma?

Quem não compra o óleo diesel diretamente por exemplo, mesmo assim indiretamente sofre com esses aumentos pois isso interfere diretamente nos preços dos alimentos e pagamos cada vez mais caro pelo arroz, feijão, carne, óleo de cozinha, farinha, pão, dentre vários outros alimentos imprescindíveis ao dia a dia na mesa do brasileiro.

Alta da Cesta básica

De acordo com o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, a alta da cesta básica foi a maior do país em setembro.

O petróleo é nosso, a Petrobras é nossa, mas pagamos muito caro pelos combustíveis como se não fosse. Quem é o maior acionista da Petrobras?

Nesta última quinta-feira (7), o preço do barril de petróleo Brent – considerado como referência internacional – finalizou o preço em US$ 81,95.

Passamos por uma crise sanitária e humanitária mundial, com relação ao agravamento da pandemia do covid, mas parece que para os constantes aumentos dos combustíveis a crise não muda nada e os brasileiros sofrem cada vez mais com os aumentos definidos pela política econômica praticada pela estatal.

De acordo com Alexandre Finamori, coordenador do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindpetro/MG) temos o petróleo e as refinarias estatais aqui, mas pagamos pelos combustíveis como se estivéssemos comprando em outro continente. E alega que mesmo a Petrobras sendo uma economia mista, tendo ações na bolsa de valores, a estatal tem como maior acionista o governo federal, onde a política de preços praticada pela Petrobras é uma decisão da atual gestão e o presidente da república poderia solicitar sua alteração, comenta Finamori!

Redação – Brasil do Trecho