Piso do frete deve ser alterado, face ao aumento do diesel

Tabela do frete pode ser alterada – Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve reajustar a tabela do frete. Isso é realizado de acordo com a legislação vigente a cada seis meses ou quando a variação do preço do diesel for igual ou superior a 10%, quando o gatilho é acionado.

Impacto direto nos motoristas e na população brasileira

O aumento impacta diretamente nos motoristas de cargas e de transporte rodoviário, como também nos brasileiros. “O Brasil não tolera mais aumentos”, diz o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira e deve solicitar apoio para mudanças ao colegiado.

A última atualização do gatilho foi realizada em março deste ano pela ANTT e o preço do diesel acumula aumento de 17,1% conforme cálculos do Broadcast Agro, que inclui reajustes do preço do óleo diesel desde o início de março pela Estatal Petrobras. Desde então, já ocorreram oito reajustes consecutivos sendo cinco de alta e três de queda, com variação de 17,1 no valor do combustível.

Entendendo melhor o aumento

O aumento mais recente foi realizado em 14 de julho pela atualização semestral, o que não impede que os preços do óleo diesel sejam considerados para reajuste pela variação do combustível também. Conforme a lei que trata do piso mínimo do frete, a atualização realizada semestralmente não anula o gatilho de 10%.

O presidente da ABRAVA – Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, Wallace Landim o chorão como é conhecido, comenta que o reajuste do piso do frete deve ser feito pela ANTT o mais breve possível, face a alta divulgada pela Petrobras. Ainda informa que a atualização semestral não interfere no gatilho que foi de 10%, ou seja, mesmo que se tenha feito o reajuste na tabela pela forma semestral, será obrigatório fazer pelo gatilho, pois já superamos os 10%.

“Chorão” aponta que deve ser contratada uma entidade técnica para calcular a metodologia correta do aumento do piso do frete. A Abrava e outras entidades que representam os caminhoneiros do Brasil, pressionam a ANTT para que contrate tal entidade técnica para elaborar o estudo do aumento do piso do frete como acreditam que deverá ocorrer.

Redação – Brasil do Trecho