Com o aumento no preço dos pedágios nas estradas de Ribeirão Preto, clientes que precisam do transporte para receberem seus produtos, terão que desembolsar mais dinheiro para pagamento de frete.
O aumento de 8% vai junto com a alta da inflação do período entre junho de 2020 e maio de 2021, de acordo com a Agência de transporte do Estado de São Paulo (ARTESP).
Dono de uma empresa que faz cerca de 100 fretes por dia no estado de São Paulo, Carlos Adriano do Nascimento, afirma que está difícil suportar tamanhas despesas.
“Isso vai causar um aumento direto no valor do frete, além de todas as despesas que nós do setor de transporte estamos suportando. O combustível já tem um acumulado de mais de 20%, e agora a gente tem mais essa surpresa”
Todos que precisam passar pelos postos de pedágio estão sofrendo com as mudanças. Natal Aparecido Rutkowski, proprietário de uma empresa que faz entrega de moto, mesmo com um transporte mais fácil e econômico sente no bolso.
“Nós temos uma tabela de preços por quilometragem e temos que embutir o pedágio nisso.”
“A gente tem que tentar repassar para o cliente senão a gente fica tendo que ter absorver esse prejuízo e não está tendo mais como absorver. Do contrário, nós trabalhamos quase que no vermelho”, diz Natal Aparecido.
Ele ainda exemplifica que uma entrega de Ribeirão para Barretos deve custar R$20,00 a mais com o preço do pedágio.
Na opinião do especialista e economista, José Rita Moreira, poderiam ser tomadas outras medidas.
“Eu acho que o governo deveria ter mostrado o seu comprometimento com o desenvolvimento do estado e minimizado esse aumento ou reduzido a contribuição dessas concessionárias para o estado, para que, até o final do ano, ficasse uma coisa mais coerente com o que nós estamos vivendo. No ano que vem, sim, todo mundo vacinado, quem sabe a economia fervilhando, repensar essa diferença de aumento que não foi dada agora.”
