Os parlamentares ainda analisam destaques, que são pedidos pontuais de mudanças no texto aprovado. Depois, o projeto segue para análise do Senado. Ela é uma das prioridades do governo, em especial do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para destravar investimentos privados.
O texto foi à votação na Câmara após uma longa sessão marcada por obstruções. A oposição dificulta o rito normal de apreciação da pauta porque quer votar primeiro a medida provisória que prorroga o auxílio emergencial até o fim do ano, mas em valor menor (R$ 300), para retomar o valor inicial, de R$ 600. O governo é contra.
O projeto da BR do Mar estava tramitando em caráter de urgência, a pedido do governo. Com isso, o texto pôde ser levado para votação direto em plenário, sem passar pelas comissões. No fim de setembro, o prazo regimental para apreciar a matéria acabou e o texto passou a trancar a pauta de projetos de lei da Casa.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), outros deputados e associações ligadas ao setor portuário queriam que o governo retirasse a urgência. Eles defendiam votar o texto com mais calma, em 2021. Mas o líder do governo na Casa, deputado Ricardo Barros (PP-PR), conseguiu costurar um acordo para aprovar o projeto, sob protestos de parlamentares contrários.
“Podemos estar aqui votando a formação de um monopólio internacional que pode acabar com a cabotagem e o frete nacional”, alertou o deputado Mário Negromonte Jr. (PP-BA). “Estão falando de baratear o frete, mas vamos ficar na mão de duas ou três empresas”, alertou o deputado Fausto Pinato (PP-SP). “Os navios que o ministro diz que vão para o Brasil já estão aqui há anos. Vão esmagar o transporte terrestre em tempo de pandemia. Vão esmagar a categoria dos caminhoneiros”, declarou.
O relator do projeto, deputado Gurgel (PSL-RJ), ponderou que a cabotagem não concorre com o transporte rodoviário, mas atua de modo complementar. Segundo o relator, o projeto deve provocar a redução de custos de transporte, aumentar a eficiência logística e melhor a conectividade.
“O projeto da BR do Mar traz inúmeras vantagens”, disse a deputada Bia Kicis (PSL-DF), citando que o texto proporcionará investimentos e modernização da navegação de cabotagem no país. “A proposta é urgente, incentivará a concorrência e ampliará em 40% a capacidade da frota de cabotagem nos próximos anos”, concordou a deputada Dra. Soraya Manato (PSL-ES).
Dez destaques foram rejeitados na na sessão de segunda-feira. O destaque que retomava a redação original do projeto sobre regras para embarcações estrangeiras afretadas foi aprovado, com apoio do governo. Os deputados restauraram o trecho que possibilita que esses navios sejam identificados como embarcações brasileiras para bloqueio em “circularização”.
Também com o endosso do Executivo, foi aprovada emenda para incluir obrigações de atividade de custeio de dragagem por meio da arrecadação do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante.
O projeto estabelece um marco legal para cabotagem no país. O objetivo, diz o governo, é aumentar a oferta da cabotagem no Brasil, incentivar a concorrência, criar novas rotas e reduzir custos. Hoje o transporte aquaviário responde por apenas 11% do total de cargas movimentadas no Brasil, enquanto o rodoviário domina 65% do total.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, o projeto tem potencial para destravar investimentos no setor e para atingir as metas de ampliação da cabotagem. A meta é passar de 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a 20 pés) de contêineres transportados por ano por meio de cabotagem para 2 milhões de TEUs até 2022. Também está entre os objetivos ampliar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos.
O governo que incentivar a cabotagem porque esse modal é considerado ideal para o transporte de grandes cargas por grandes distâncias, na comparação com os modais ferroviário e rodoviário. A cabotagem tem baixo custo na comparação com o transporte ferroviário e consome menos recursos energéticos, além de demandar menos intervenção ambiental e tem menor número de acidentes. Além disso, o Brasil tem 7,4 mil quilômetros de litoral, dimensão propícia para a cabotagem.
Fonte: Gazeta do Povo
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